RIO - A reitoria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) anunciou nesta quarta-feira (11) algumas medidas para melhorar as atuais condições de ensino do curso de Medicina oferecido no campus de Macaé, considerada pessíma. A universidade firmou um acordo com a Prefeitura Municipal de Macaé que vai disponibilizar dentro de 15 dias o Hospital Público de Macaé (HPM) para as aulas práticas exigidas para a formação na área. Também ficará disponível o Hospital São João Batista que servirá para atividades focadas em atendimento clínico. O quadro de professores receberá um reforço de profissionais. Outras medidas reivindicadas pelos alunos do curso começarão a ser atendidas por uma Comissão Gestora, como a adaptação de laboratório para dissecção de cadáveres e criação de convênios priorizando a pós-graduação de médicos locais. Além disso, recursos em telemedicina (videoaulas) serão aplicados. Após a divulgação dessas medidas, os estudantes decidiram permanecer em greve até que sejam tomadas medidas imediatas.
- Essas ações são todas a longo prazo. Queremos algo agora. O campus de Macaé precisa de uma reestruturação para ontem. Ele foi criado em 2007 como parte do Programa de Reestruturação e Expansão da UFRJ, o curso de medicina tem 159 alunos, mas não possui infraestrutura necessária para a integral realização das atividades inerentes ao curso - explica a estudante Mariana.
Os problemas no curso não são novos. Em março de 2011, O GLOBO mostrou que os estudantes estavam recorrendo a ações judiciais para assistir às aulas no campus do Fundão, porque não havia cadáveres no laboratório de anatomia e faltavam professores médicos. Em junho, a UFRJ assinou com o Ministério Público Federal (MPF), em Macaé, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que previa a adoção de várias providências, como a contratação de 31 professores e aquisição de diversos equipamentos e materiais. O MPF informou que a instituição já cumpriu alguns pontos do TAC e que ainda aguarda mais informações da UFRJ.
- Neste momento, a Faculdade de Medicina do Campus Fundão está assumindo a coordenação do curso em Macaé. Temos elementos para construir soluções, principalmente porque temos um curso no Rio, que serve de referência para atender a todas as demandas exigidas para a formação de médicos. Vamos garantir que os atuais alunos tenham sua formação com igual qualidade - afirmou o reitor, Carlos Levi.
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Imagem: http://www.odebateon.com.br/2008/noticias/noticia.php?id=22416