A merendeira Eleusa Maria dos Santos preferiu plantar a
árvore no quintal de casa. "Nós tínhamos problemas de pele, sistema
imunológico descontrolado, queda de cabelos. Hoje eu percebi pela minha
própria família que isso acabou e que a gente não tem mais problemas com
farmácia. A moringa se tornou nosso grande remédio", conta ela.
A moringa produz folhas o ano todo. Solidários, os vizinhos
doam o excesso de produção para a Pastoral da Criança. No suco, no bolo ou
no arroz, moringa cai bem em muitas receitas. "Com a moringa, a gente
consegue fazer omelete, enriquecer bolos, geléia de beterraba, sopas e
mingaus. Existe uma variedade de receitas. Dá um gostinho um pouco
amostardado, mas fica muito bom", elogia a professora Divina de Moraes
Dias.
Tão bom que as crianças de uma creche agora limpam o prato.
Tanto apetite mexeu com os ponteiros da balança. "Deu 12,1 kg, está
dentro do peso normal para a idade dela", avaliou uma voluntária da
Pastoral. "No mês anterior ela estava com 11,99 kg, e mesmo doente
conseguiu ganhar esses gramas".
Aos 6 anos, Andressa, antes desnutrida, fez uma última
avaliação. Está com quase 20 quilos. Não precisa mais de acompanhamento.
Vitória que a mãe atribui aos incríveis poderes da moringa.
"Ela é forte, tem muita vitamina. Para dar resultado,
temos que utilizá-la sempre. Ela era bem miudinha, cabia na palma da minha
mão", lembra a dona de casa Carlequiane Dias.
Para nosso superpesquisador, não há satisfação maior do que
salvar a vida desses brasileirinhos. "Fico satisfeito, é minha
obrigação. Várias coisas tenho feito por me sentir obrigado a devolver ao
povo brasileiro a educação gratuita que tive na Universidade de São Paulo.
Esse povo é bom demais. Tem gente que não quer fazer nada por ele. Eu
quero", conclui doutor Kerr.
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